O medo de dirigir traz alguns elementos que podem ser comparados a um círculo, como a ansiedade, presente na situação de controlar um veículo ou o ato de realizar rotatórias presentes em vias públicas. Nesse contexto, as duas situações supracitadas, serão abordadas de uma maneira metafórica como círculos que dominam alguns indivíduos acometidos por essa fobia.
No caso da ansiedade frente à direção, é importante compreender que ela funciona como um ciclo vicioso, que aumenta ao passo que se tenta fugir ou evitá-la. Segundo a Terapia cognitivo-comportamental, durante a situação desafiadora, o indivíduo é tomado por pensamentos negativos ou catastróficos, por uma ativação emocional intensa, por alterações físicas significativas e pelo comportamento de se esquivar de todas essas sensações e da própria situação em si. A forma como se percebem esses pensamentos e comportamentos e como eles acabam sendo reforçados, retroalimenta o ciclo, como uma roda que nunca pára de girar.
Um dos reforçadores comuns que acarreta o medo de dirigir, está relacionado ao pensamento de que é necessária a realização de diversas ações ao mesmo tempo ao passar por uma rotatória e de que será impossível. De que é preciso atenção aos pedais, ao fluxo de veículos, às laterais do carro ou às ruas que interligam à rotatória. Esses fatores, por sua vez, levam ao ciclo da ansiedade.
As rotatórias, também conhecidas como círculos ou rotundas, são elementos comuns nas vias públicas de muitos países ao redor do mundo. Elas têm o objetivo de melhorar o fluxo do tráfego, reduzir a velocidade dos veículos e aumentar a segurança nas intersecções. No entanto, como descrito anteriormente, para aqueles que apresentam medo de dirigir, as rotatórias podem representar um grande desafio, um círculo difícil de adentrar.
Para essas pessoas, as rotatórias podem simbolizar um obstáculo, pois exigem que os motoristas façam várias escolhas em um curto período de tempo, como optar pela faixa correta e decidir quando entrar e sair da rotatória. Além disso, o tráfego em rotatórias tende a ser mais intenso do que em intersecções tradicionais, o que pode parecer avassalador para os motoristas que têm medo de dirigir.
Para a superação do medo de dirigir configurado nos círculos em questão, é fundamental entender que ambos podem ser trabalhados. O círculo da ansiedade precisa girar com menos intensidade, por meio da reestruturação dos pensamentos disfuncionais, técnicas de regulação emocional ou exposições graduais, por exemplo. Tudo com o objetivo de cessar os comportamentos de fuga e esquiva e fazer com que a roda pare de girar.
Diante da realização de rotatórias, que fazem parte do processo de exposição, é necessário praticar para se habituar. Quanto mais experiência se obtiver, mais fácil será enfrentar esse desafio. Uma dica é praticar em rotatórias menos movimentadas e, gradualmente, aumentar a complexidade do tráfego.
Outra estratégia é ter um plano de ação. Antes de entrar em uma rotatória, observar as placas de trânsito e decidir qual faixa é preciso usar para chegar ao destino. Ficar atento ao tráfego e não se distrair com outros veículos ou distrações externas, também pode auxiliar.
Em resumo, as rotatórias podem representar um desafio para os motoristas que têm medo de dirigir, mas com prática e estratégias eficazes, é possível superar essa dificuldade e se sentir mais confiante no controle do veículo em qualquer situação de tráfego.
Não permita que esses círculos dominem sua vida! Compreenda que de forma metafórica, são apenas círculos, e que você pode ter o controle sobre eles.